quarta-feira, 28 de abril de 2021

Ressuscitando o... OUYA.


 

Bom, pra quem esteve nas ilhas Pitcairn de 2012 pra cá, vou dar uma palha.

O OUYA surgiu a partir de um projeto de Kickstarter, quando sua fundadora descobriu que os jogadores habituais de videogame estavam migrando das plataformas hardcore para coisas mais baratas, por exemplo, celulares com sistema Android. E o que ela fez? Um microconsole com sistema Android.

Só que o hype era tão grande, mas tão grande, que houveram problemas de distribuição dos consoles, controle de qualidade (Tanto do hardware quanto do software, explico isso depois), falta de assistência no pós-venda entre outras mumunhas, que fizeram os avaliadores de consoles darem notas duras para o OUYA, chamando-o, inclusive, de fraude. O hype virou decepção em poucos anos.

Sobre a falta de qualidade do software: O foco do OUYA eram os produtores independentes de jogos, mas sem quaisquer critérios de avaliação. Tanto é que o SDK para desenvolver jogos vinha junto com o console. Logo, qualquer um que conseguisse criar um jogo para o OUYA, ganhava espaço na lojinha online da empresa, e isso gerou alguns jogos memoráveis, mas ao mesmo tempo, uma torrente de joguinhos fracos, feios e sem pé nem cabeça (Flash fazendo escola). E lógico, não demorou para aparecerem os emuladores de videogames antigos, teve até emulador de PSP, Dreamcast e 3DO. Daí apareceu a verdadeira vocação do OUYA: Um console emulador de retrogames.

Lá pra 2015, Jack Ma (Sr. Alibaba) comprou a licença da tecnologia do OUYA, segundo ele, para usar em set-top boxes chinesas. O resultado, todos sabemos. Ainda nessa época, surgiram os novos consoles hardcore, o PS4, o Xbox One e o Nintendo Switch, com uma nova proposta, de atrair desenvolvedores independentes. ou seja, o trunfo do OUYA tinha sido inutilizado. Nem adiantou a nova versão do Ouya, com o dobro de armazenamento, o nome da companhia tava mais sujo que pau de galinheiro.

E surgiu a Razer para comprar o OUYA e a primeira coisa que fez foi... Parar de fabricar o OUYA. Isso porque eles também estavam com um console Android em produção - Que também não deu certo. E, em 2019, a Razer desligou os servidores da lojinha do OUYA. Quem baixou, baixou, quem não baixou, não baixa mais. Zeebo fazendo escola.

Mas como nada se perde, nada se cria, pra tudo se dá um jeito, em 2020 um grupo de alemães ergueu um novo servidor para os donos de OUYA continuarem a se divertir com o cubinho do prazer. Eles recebem apoio e novos softwares de gente de todo o mundo - E desta vez, tudo de grátis.

Este vídeo ensina como fazer o OUYA sair do caixão e voltar a mostrar serviço.



E se você só quer ter os joguinhos e emuladores, há uma biblioteca de aplicativos só para o OUYA nos Arquivos da Internet.

E você, tem um OUYA? Sabia desse procedimento? Ou só usa ele pra emulação, mesmo?


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